terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Mais uma dica do Bruno!

Neurossegurança é a próxima fronteira da proteção tecnológica

Publicada em 30/11/2009 às 09h32m

O Globo

Crédito: AP Photo

RIO - Até agora, o universo da segurança da informação se atém aos sistemas contidos em computadores propriamente ditos, seja em casa ou no trabalho. Quando pensamos em segurança de TI, antivírus, antisspywares, firewalls e outros programas do tipo nos vêm à mente. Entretanto, à medida que a computação se transfere para celulares, smartphones e que tais, o mundo sem fio começa a povoar as preocupações dos especialistas.

No futuro, essa segurança irá ainda mais além: estará embutida nos sensores que usarmos em nossos corpos para a comunicação com dispositivos diversos. Esses sensores já existem e são usados principalmente para ajudar os deficientes físicos a manipular computadores, aparelhos domésticos munidos de chips e até próteses de braços ou pernas.

Como, a exemplo de celulares, smartphones e netbooks, tais sensores usam redes wireless para conexão, eles estão sujeitos aos mesmos perigos de invasão e infecção que os outros aparelhos. Por isso, cientistas do Centro de Segurança de Aparelhos Médicos da Universidade de Massachusetts, EUA, já trabalham no conceito de neurossegurança.

Segundo eles, a invasão de um sensor ou chip embutido no cérebro humano por um criminoso digital seria ainda mais grave do que a infecção de um PC. Isso porque o cracker poderia ter acesso imediato aos dados médicos da pessoa e às informações sobre seu tratamento. Sabendo disso, poderia alterar o funcionamento do neurossensor para causar efeitos colaterais como paralisia, ou mesmo o controle remoto de um membro artificial (já pensou?).

O pior cenário, de acordo com os pesquisadores, seria a possibilidade - através de um sensor neural infectado por malware - de mudar a própria personalidade da pessoa, com estímulos sutis e gradativos aos sinais nervosos transmitidos pelo cérebro. Com isso, o invasor provocaria reações inesperadas de comportamento no indivíduo, sem que este pudesse reagir.

Parece ficção, mas não é. Um dos estudiosos logrou, numa demonstração, invadir e reprogramar inteiramente um sensor de regulação cardíaca, usando equipamento que qualquer um poderia comprar na loja eletrônica da esquina.

Por isso, o conceito de neurossegurança promete. Sua principal ideia, já em andamento, é a criação de técnicas de criptografia para embaralhar e proteger as informações contidas nos sensores embutidos.

A encriptação "trancaria" os dispositivos e também impediria o acesso às suas configurações voltadas para o cérebro. Outro fator importante nesse campo é a necessidade de regulamentação que incentive a produção e venda de neurossensores já com segurança de fábrica.

http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2009/11/30/neurosseguranca-a-proxima-fronteira-da-protecao-tecnologica-914983233.asp

Nenhum comentário:

Postar um comentário