quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pílulas da inteligência - Por Marcela Ruiz

Medicamentos para “aumentar a inteligência”, saíram do papel e passaram a ser realidade na vida de muitos.
A utilização de medicamentos para doenças como Alzheimer, déficit de atenção e fatigas diurnas, doença comun entre americanos, já vem se tornando algo frequente entre jovens perfeitamente saudáveis. O consumo desses medicamentos permitem uma maior concentração, um menor cansaço e um desempenho melhor no uso da memória. Pois por serem indicados para quem possui todos esses tipos de problemas, a reação deles em um jovem perfeitamente saudável, é o super desenvolvimento dessas aptidões.
Essa pespectiva de tornar-se inteligente apenas tomando um comprimido, introduz o temor de que uma nação pare de se esforçar para alcançar seus objetivos e pespectivas e recorra apenas aos métodos científicos. Afim de obter o maior resultado com o menor esforço.
Por exemplo, existem remédios desenvolvidos para crianças com o problema de défit de atenção, para melhorar certas disfunções cerebrais, como a Ritalina, que foi desenvolvida para aumentar o rendimento de crianças hiperativas e se cunsumida por crianças saudáveis produzirá o mesmo efeito. A consequência é uma maior pontuação em exames e testes.
Mais seria ético transformar toda a população em gênios através de uma droga?
De acordo com a revista Scientif American, fomos inteligentes e sábios o suficiente para prodizir ao longo dos anos aparatos para melhorar o nosso cotidiano e agora conseguimos desenvolver algo para melhorar a nossa capacitadade intelectual. Então por que não usufruir dessa tecnologia? Uma vez que fomos nos que chegamos até essa substância, seria como uma evolução das espécies em que os mais aptos sobrevivem.
Como comentou o psicólogo Corneliu Giugea na década de 70, "o homem não esperaria passivamente milhões de anos até que a evolução lhe oferecesse um cérebro melhor". Com isso ele mesmo começou a produzi-lo.
Em contra partida, há também aqueles contra esse tipo de substância que altera o metabolismo. A princípio parece uma forma de trapaça, algo injusto. Pois ao meu ver seria como um dopping no esporte, em que são utilizadas ferramentas esteriores, que naum são naturais, para vencer uma competição, seja ela física o intelectual.
Por exemplo, no caso de uma prova para um concurso ou uma olimpíada - provas consideradas importante e de alta competitividade - caso um participante tome a substância estimulante e outro não, esse que tomou terá um desempenho melhor que os demais, mas não devido as suas capacidades intelectuais naturais, mais devido a uma substância que estimula e melhora suas aptidões, assim como o uso de drogas no esporte.
Além de uma divisão entre aqueles que podem e tem condições de obter a droga e aqueles que não tem. Intensificando ainda mais a diferença de classes.
Ao meu ver, seria também uma disputa contra o tempo, uma forma de vencê-lo, de prolonga-lo. Temos uma angústia pois o tempo passa, temos milhões afazeres e ficamos cansados, somos obrigados a dormir, sem aproveitar ou finalizar nossas tarefas. Com uma dessas drogas da inteligência, como estão sendo chamadas, podemos diminuir o cansaço e prolongar o tempo seja de estudos, seja de diversão, o importante é que a fatiga chega mais devagar e conseguimos aumentar o nosso “tempo de aproveitamento”.
Além de que teremos um menor esforço e um maior aproveitamento, logo o que anteriormente demoravamos 1 hora para realizar, futuramente demoraremos menos tempo. Isso também é uma forma de aproveitar esse tempo, que a princípio ficaria vago.
A ironia seria o confronto disso com drogas que tem o objetivo de te deixar mais lerdos e com o pensamento vago ou sem esse pensamento. Aquelas drogas em que tira-se férias de pensar por alguns instântes. Temos também aqueles que gastam furtunas com remédios ou psicólogos para esquecer traumas, e se libertar de experiências e lembranças indesejáveis. O cérebro também tem esse mecanismo de defesa, como alguém que sofre um estupro e não se lembra de detalhes porque o choque foi muito grande.
Com essas pilulas teremos a intensificação da memória, ela funciona de uma maneira mais eficaz, sendo assim, essas lembranças e traumas também se intensificam. Podendo não ser uma escolha correta para muitos.
Melhorar a memória é um dos pontos em questão. Tornar as pessoas mais inteligentes - mais aptas a compreender idéias complexas com maior facilidade e menos esforço - parece, no entanto, mais problemático. A princípio as pílulas inteligêntes proporcionam um aumento na concentração, uma melhora na memória. Mas segundo a ciência a produção de gênios não está muito longe de acontecer.
Como um artigo na internet publicou, a auto-regulação desses medicamentos se dará por ela mesma. “As poucas pessoas que desejam estados alterados de percepção encontrarão os meios para isso, e aquelas que não querem mudar a noção de quem são ignorarão essas drogas. O governo deve se manter afastado disso, deixando que a moral e a ética de cada um de nós nos guie através desses novos campos de aperfeiçoamento.”
Mas particularmente creio que deve haver uma intromissão das autoridades em relação a essas novas drogas, pois apesar de proporcionar reações ditas incriveis, ainda não é claro os seus efeitos colaterais, além do dopping em concursos.

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